domingo, 18 de agosto de 2013

BIENAL DE CERVEIRA ABRE ESPAÇO PARA ARTE DO SECOND LIFE

CERVEIRA BIENNAL OPEN SPACE FOR SECOND LIFE ART
Por Karllos DeCosta 

A Bienal de Cerveira é a mais antiga bienal de Portugal, tendo realizado sua primeira edição em 1978, no rastro dos ventos da liberdade que sopraram sobre Portugal após a Revolução dos Cravos de 1974. Hoje em sua 17a. edição, a Bienal  consolidou-se como um dos mais importantes eventos de arte de Portugal, abrindo seus espaços para as diversas manifestações de arte contemporânea e agora, também, para arte criada dentro do Second Life, através de sua BienalVirtual.

Seus curadores, Celeste Cerqueira e Silvestre Pestana (PT), têm como proposta apresentar a um público mais abrangente a arte criada em mundos virtuais e investir sua divulgação continuada. Eles convidaram diversos artistas portugueses (Kikas Babenco, Marmaduke Arado, CapCat Ragu/Meilo) e internacionais (Bryn Oh, Maya Paris, Moya Patrick, Holala Alter, Alpha Auer, Eupalinos Ugajin, Osferatus Haven ), cada um explorando diferentes aspectos da arte no SL.

Bryn Oh, uma das artistas mais conhecidas do Second Life, apresenta uma pequena parte de sua obra Virgina Alone, que explora um tema recorrente em seus trabalhos, o ser humano perdido em suas lembranças do passado, sejam elas boas ou más. Como sempre, há um grande número de objetos clicáveis que escondem pequenos tesouros que jogam mais luz sobre a história, reminiscência, talvez da infância da artista na RL, quando costumava revirar pedras e outros materiais no seu quintal para descobrir o que estava oculto sobre elas. Também faz parte da Bienal seu último trabalho, Imogen and the Pigeons, que pode ser visitado em sua totalidade em Immersiva, o sim (simulador) da artista.

Moya Patrick desenvolve o que pode ser um dos caminhos mais promissores, um jogo incessante entre o virtual e o real, culminando em uma realidade aumentada, onde a criação do virtual se desvela no mundo real.

Em a Torre dos Hetrônimos, Elif Ayiter (TR), Alpha Auer no Second Life, investiga Fernando Pessoa, um dos mais importantes poetas portugueses, e sua complexa rede de personalidades alternativas que ele desenvolveu, cada uma delas com uma história pessoal e completa, e uma vida independente das demais. Aqueles que vêem no SL uma forma de expandir suas experiências existenciais e emotivas por meio da vivência com diversos avatares, terão na obra de Alpha Auer um ponto importante para reflexão.

Julio Juste Ocaña (ES), Holala Alter no SL, apresenta o que poderíamos dizer que é a obra mais conceitual daquelas exibidas na bienal. Denominada Arte, Linguagem, Subsistência, Holala investiga como as linguagens artificiais criadas pelo homem são essenciais para sua prosperidade material. 

Outros artistas, como Kikas Babenco, Marmaduke Arado, CapCat Ragu, Meilo, Maya Paris e eupalinos usam do humor e da ironia. No caso de Marmaduke ele brinca com a sisudez e sacralidade da obra de arte no museu, muitas vezes acompanhado do aviso “Não toque”. 

Por sua vez, Meilo Minotaur e CapCat Ragu exploram as possibilidades criativas de um universo steampunk, onde cenários e objetos futuristas são inspirados numa estética retro, baseados na arte, cultura e moda do século XIX.

Vemos assim, que os caminhos abertos paras artes em ambientes virtuais são diversos  e instigantes. Da narrativa sofisticada de Bryn Oh, à mistura de real e virtual de Moya Patrick, passando pelos heterônimos de Pessoa na visão de Alpha Auer, cada artista avança por uma trilha do que é ser e estar em um ambiente totalmente gerado por computador. E cada trilha nos leva a refletir sobre o que somos ou queremos ser. 

                                                      
                                                               **********
By Karlos DeCosta

Cerveira Biennial is the oldest biennial in Portugal, having held its first edition in 1978 in the wake of the freedom`s winds that blew over Portugal after the Carnation Revolution on 1974. Today on its 17th edition, the Biennial has established itself as one of the most important art events in Portugal, opening their doors to the various manifestation of contemporary art and now also for art created in Second Life through its Virtual Biennale.

It has been proposed that Celeste Cerqueira and Silvestre Pestana (PT) present the art created in virtual worlds to a wider audience wich will become more and more invested and engaged in virtual art as a result. A number of Portuguese artists (Kikas Babenco, Marmaduke Arado, CapCat Ragu/Meilo) and international artists (Bryn Oh, Maya Paris, Patrick Moya, Holala Alter, Alpha Auer, Eupalinos Ugajin, Osferaturs Haven) have been invited each exploring different aspects of art in SL 

Bryn Oh, one of the best known artists of Second Life, has a small part of her Virginia Alone`s work, wich explores her recurring theme of the human being lost in the past memories, whether good or bad. As always, there are a large number of clickable objects that hide small treasures, lightening the story reminiscent perhaps of the RL (real life) artist's childhood, when she used to roll stones and other materials in her backyard to find out what was hidden under them. Also presented on the Biennale is part of her last job, Imogen and the Pigeons, which can be visited and explored entirely in Immersiva, her sim (simulator) in Second Life. 

Moya Patrick developes what may be one of the most promising sharing of virtual art with the real world - an unceasing game between the virtual and the real, culminating in an augmented reality where the virtual creation unfolds in the real world. 

In the Tower of Hetrônimos, Elif Ayiter (TR), Alpha Auer in Second Life, investigates Fernando Pessoa, one of the most important Portuguese poets, and the complex alternate personalities network he developed, each one with a personal story and complete and an independent life from the others. Those who see in SL a way to expand their existential experience and emotional by living with many avatars wil find in Alpha Auer`s works an important point of reflection. 

Julio Just Ocaña (ES), Holala Alter in SL, presents what we might call a more conceptual work compare to others displayed in the biennial: Named Art, Language, Livelihood. Holala investigates how artificial languages created by man are essential to its material prosperity.

Other artists, such as Kikas Babenco, Marmaduke Arado, CapCat Ragu,Meilo, Maya Paris and Eupalino Ugajin use humor and irony. In the case of Marmaduke, he plays with the seriousness and sacredness of the arwrok in the museum, often acoompanied by the warning "Do not touch". 

On the other hand, Meilo Minotaur and CapCat Ragu explore the creative possibilities of a steampunk universe where futuristic scenarios and objects are inspired by a retro aesthetic, based on the art, culture and fashion of the nineteenth century. 

Thus we see that the open paths open to arts in virtual environments are several and exciting. From Bryn Oh`s sophisticated narrative to Moya Patrick`s mix of real and virtual, through Pessoa`s heteronyms in Alpha Auer`s vision, every artit goes through a trail of what it is and means to be in a totally computer generated world. And every trail leads us to reflect on who we are or want to be.

                                           







 





































Nenhum comentário:

Postar um comentário