domingo, 10 de março de 2013

*******OBERON ONMURA E O MINIMALISMO****** *****OBERON ONMURA AND THE MINIMALISM**********



Esta semana conto outra vez com a participação do querido amigo Karllos DeCosta. Escolhemos o artista de Second Life conhecido como Oberon Onmura pela sua larga experiência no mundos das artes (tanto no Second Life quanto na Vida Real) e para conhecermos um pouco do movimento artístico contemporâneo conhecido como Minimalismo.
Agradeço aos dois pela oportunidade que nos dão de conhecer e ou aprender um pouco mais sobre o assunto.

Oberon Onmura, um artista que há bastante tempo cria sua arte no Second Life, foi convidado pela Universidade de UMEA na Suécia para participar de um projeto no metaverso. Oberon decidiu trabalhar com sons, usando-os para guiar os visitantes pela instalação. Tendo em mente esta premissa básica, convidou três artistas que, como ele, já tinham experimentado a utilização de sons em seus trabalhos de arte no SL: Alpha Auer (aquela dos avatares espetaculares), Eupalinos Ugajin (um jupteriano conforme ele mesmo nos confessou) e Maya Paris. Essa obra ganhou o nome de "Topophonia - 4 Realizações em Som".

Neste post, pelo fato de termos tido a oportunidade de conversar com Oberon, vamos focar no seu trabalho. 
Na vida real, Oberon vive na cidade de Nova York, para onde se mudou bem jovem a fim de estudar música. Talvez esse dado biográfico explique em parte seu apreço pelo Minimalismo, já que reside no principal berço do referido movimento artístico. Lembramos que grandes nomes do minimalismo como Donald Judd, Robert Morris, Carl Andre, Sol LeWitt e Dan Flavin eram todos moradores da Big Apple (Grande Maça, apelido da cidade de Nova York).

Alguns dos elementos marcantes do Minimalismo foram o uso de produtos manufaturados formas básicas, como cubos e retângulos e a modulação, ou seja o uso de módulos que se jutam, criando novas formas. Por sua vez essas formas simples, os módulos ocupam de tal forma o espaço em que se encontram, que nos permite perceber a relação entre objeto, ambiente e espectador.

Das características mencionadas acima, uma se manifesta no trabalho de Oberon, AS NOVE SALAS: o uso de formas básicas na construção dos ambientes, o que pode ser visto com mais precisão pelo lado de fora e de cima: são simples cubos dispostos lado a lado, algo semelhante aos trabalhos de Donald Judd e Carl Andres. Oberon comenta que a textura de aço Corten das paredes externas dos cubos remetem a obra de Richard Serra, um artista minimalista que costuma trabalhar na RL com obras em aço, muitas em grande escala, outro aspecto da arte no SL apreciado por Oberon, mas que não é explorado neste trabalho.

As mesmas formas simples que vemos do lado externo se repete no interior das salas. Com tal despojamento, criou-se ambientes onde o visitante se depara com duas portas, ao escolher a porta correta será levado à sala seguintes. Selecionar a porta errada significa voltar ao início da instalação. A cada sala se ouve um clip sonoro diferente que se repete infinitamente, como um módulo minimalista. Esse clips, segundo notecard nas salas, ajuda o visitante a seguir para o próximo ambiente.

De qualquer forma, pergutado se a modulação minimalista poderia ser vista como um influência neste trabalho Oberon afirma que o dado que ele mais aprecia neste movimento é a sua estrutura enquanto o som é mais aleatório e menos polido.

Comos podemos ver, a arte no SL não está imune às influêncis da arte da RL. Artistas trazem para o mundo virtual aquilo que os marcaram em suas vidas no mundo real. No caso de Oberon, percebemos que várias de suas referências nesse trabalho estão ligadas aos conceitos discutidos pelo Minimalismo: basicamente como os objetos mais simples e despidos de qualquer ornamento podem engendrar numa obra de arte quando trabalhados pelas mãos e mente de um artista criativo.

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This week we have again the participation of my dear friend Karllos Decosta.
We chose the Second Life artist know as Oberon Onmura for his great experience in art (both in Second Life and in Real Life) to talk a little about the contemporary art movement known as Minimalism.
Thanks both Karllos and Oberon for giving the opportunity to learn and improve knowledge about this subject.

Oberon Onmura, an artist who has been creating in Second Life for a long time, was invited by the University of UMEA, Sweden, to participate on their project in the metaverse. Oberon decided to work with sounds, using them to guide visitors through installations. Having in mind this basic idea, he invited three artists, that like him, already had experimented with sounds in their Second Life art works: Alpha Auer (who creates spectacular avatars), Eupalinos Ungajin (a citizen of Jupiter as he confessed us) and Maya Paris. This work received the name of "Topophonia - 4 Realizations in Sound".

In this post we are going to focus on Oberon`s art, since we had the opportunity of talking to him at the exhibition.
In real life, Oberon lives in New York City, to where he moved when he was young in order to study music. Maybe for this reason he quotes Minimalism as an influence, considering that city as the main cradle of Minimalism. It is worth to note that great names of this art style, like Donald Judd, Robert Morris, Carl Andre, Sol LeWitt and Dan Flavin were all residents of the Big Apple (New York City`s nick name).

Some of the most prominent features of Minimalism were the use of industrial materials, basic forms, like cubes and retangles and modulation, repeated modules for creating new forms. As the result these simple forms, the modules, ocuppy the space in a way that allows to perceive the relationship between object, environment and visitor.

From those characteristics above, one can be observed in Oberon"s installation, "Nine Rooms", the use of basic forms to build the rooms, you can see in details from the outside and above, they are basically cubes arranged side by side, as in the work of Donald Judd and Carl Andre. Oberon also comments that the Corten steel texture of outside walls are related to Richard Serra's work, a Minimalist who works with steel and frequently in a large scale, another aspect of SL art that Oberon enjoys very much although he did not use it in this installation.

The same simple forms that we see on the outside is reproduced inside the rooms.  Oberon created environments where the visitor faces two doors. Choosing the correct one will be taken to the next room. and selecting the wrong door means going back to the installation's entrance. Every room has a different sound clip that repeats endelessly, as a minimalist module. These clips, according to a notecard given , help the visitor to proceed to the next room.

However, when asked if the modulation could be considered as Minimalism's influence in this work, Oberon says he mostly enjoys in this creation are the structure while the sound is more randomic and less polished.

As we can see, art in SL is not immune to influences of RL art. Artists bring to the Virtual Worlds those things that marked them in the Real Life. In the case of Oberon, we noticed that several of his references in this art work are related to the concepts discussed by Minimalism: basically, how can simple objects, without any ornament can become an art piece through the hands and mind of a creative artist.




A Instalação "NOVE PORTAS" - "NINE DOORS" Installation






 




 






A Instalação "Ouça..." de Alpha Auer 
 "Listen..." - Alpha Auer Installation








 A instalação de Eupalinos Ugajin - " Jazz nos Ossos "
 "Jazz on Bones - Eupalinos Ugajin installation






 A Instalação de Maya Paris - "O Trabalho do Banco"
"Bank Job"- Maya Paris Installation





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