sábado, 26 de janeiro de 2013

IMOGEN E OS POMBOS - IMOGEN AND THE PIGEONS

BRYN OH é um dos maiores ícones das artes do Second Life.
Trata-se de artista canadense que além de sua paixão pela pintura a óleo definitivamente já marcou presença nesta modalidade de arte contemporânea que é a arte nos mundos virtuais.
Passeando por Immersiva - espaço onde Bryn apresenta seus projetos - meu amigo Karllos (outro apaixonado pelas artes) e eu tivemos o prazer de encontrar a artista que nos guiou pela maravilhosa e desafiadora instalação que hoje apresenta e é ele quem vai contar a seguir a experiência que tivemos.

por Karllos.deCosta

Como Sunset disse na sua introdução, tivemos a sorte de encontrar Bryn Oh em Immersiva, onde ela gentilmente nos acompanhou por toda a obra, explicando minuciosamente cada detalhe. Na conversa com Bryn, ela nos explica que vê nos mundos virtuais como o Second Life um novo meio de expressão. Em suas palavras é possível entrar dentro de um quadro e explorá-lo de uma forma que uma pintura jamais permitiria, graças ao sentimento de imersão possibilitado por um mundo virtual 3D. Ela ainda afirma que deixamos de ser expectadores passivos que assistem a um filme para interagirmos com a obra.

Não por acaso este trabalho de Bryn, Imogen and the Pigeons, tem o apoio do cineasta britânico Peter Greenaway, que prega o fim do cinema como o conhecemos hoje, e incentiva novas formas de narrativa para imagens em movimento.

Composta de diversos ambientes, a história é complexa e envolve vários temas: as ruínas de um mundo que já não existe mais, a relação de um psiquiatra inescrupuloso com seus pacientes, a vingança terrível de um deles, a heroína e personagem principal, presa à sua cama e que encontra a redenção através dos sonhos. Há até mesmo um pouco de futurismo, quando a artista trabalha com a ideia acalentada por alguns inventores e visionários, que pretendem recriar as memórias e até mesmo a mente humana em arquivo de computador, como explica Ray Kurzweill, em seu livro Singularity Is Near. E tudo ganha maior força quando sabemos que Bryn Oh costuma trabalhar com detalhes autobriográficos em suas obras.

Para passar de um ambiente a outro, o visitante percorrerá corredores estreitos que criam uma sensação de sufocamento, subirá escadas íngremes, usará objetos que tornam seus movimentos difíceis de controlar. Isso tem o objetivo, segundo Bryn, de criar uma sensação de desconforto e ansiedade que reflete o ambiente que você encontrará nessa obra.

Cada detalhe revela uma faceta do trabalho da artista. Um exemplo é a borboleta que o terapeuta dá a cada paciente para que cuide dela. Quando ela cresce, o paciente é considerado "curado". Ao visitar um dos quartos o visitante notará que o jarro que contém a borboleta está quebrado. Este paciente jamais será "curado". Há muito mais exemplos. Preste atenção em um dos livros que Imogem lê em seu quarto. Tudo na história está ligado de uma maneira tão sútil que apenas o observador mais atento irá perceber.

Um dos locais chave da obra é o quarto de Imogem, a heroína presa à sua cama que observa os pombos da sua janela. Muitos provavelmente pensarão que o quarto é o fim da jornada. Mas uma pena ao lado da parede é o bilhete de viagem para o mundo dos sonhos de Imogen. A passagem de um mundo ao outro não será facil, mas aqueles que conseguirem superá-la virão imagens que jamais esquecerão.Poderão um dia pombos e humanos voar juntos? Qual é a força do sonho de alguém? Você encontrará a resposta seguindo o caminho proposto por Bryn Oh.

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BRYN OH is one of the greatest icons of art in Second Life.
She is a Canadian artist who, besides her passion for oil painting, has already marked her presence in this kind of contemporary art which is the art in virtual worlds.

Strolling around Immersiva, the place where Bryn presents her projects, my friend Karllos and I had the pleasure of meeting the artist, who guided us through the marvellous and challenging installation. Now it is Karllos who will tell about the experience we had.

by Karllos.deCosta

As Sunset said in her introduction, we had the luck of meeting Bryn Oh at Immersiva, where she was kind enough to shows us the entire work, explaining each detail there. In the conversation with Bryn, she tells us that she see virtual worlds as a new medium of expression. In her own words it makes possible to enter inside a painting and explore it in a way that a painting would never allow you due the feeling of immersion created by a 3D virtual world. She says yet that we are no more passive spectators who watch a movie and instead of that we interact with the work.

It is not by chance that this work by Bryn, Imogen and the Pigeons, has the support of the British movie director Peter Greenaway, who advocates the end of the cinema as we know it today and encourages new ways of narrative for moving images.

Consisted by several environments, the history is complex and involves many topics: the ruins of a world that doesn`t exist anymore, the relationship of a unscrupulous therapist with their patients, the terrible vegeance of one of them, the heroin and main character, who is tied to her bed and finds redemption through her dreams. You will even find a bit of futurism, when the artist works with the idea dear to some inventors and visionaries who intend to recreate memories and even the human mind in a computer file, as Ray Kurzweill explain in his book Singularity is Near. And everything gains more power as we know that Bryn Oh works with autobiographical references in her works.

To go from a place to another, the visitor will pass through narrow corridors that create a suffocating feeling, will climb steep stairs, will use objects that make movements clumsy. All that, according to Bryn, with the intention of creating a feeling of discomfort and anxiety that reflects the environment you will find there.

Each detail reveals an aspect of the work. One example is the butterfly that the therapist gives to each patients so they can take care of it. When it grows, the patient is considered "cured". When entering one of the rooms, the visitor will notice that the jar with the butterfly inside is broken. This patient will never be cured. There are many more examples, just pay attention to the one of the books Imogen is reading and look at the final scene. Everything in the story is interlaced in a subtle way that only the careful visitor will perceive.

One of the key places in the work is the Imogen`s room, where the heroin is tied to her bed, observing pigeons at the window. Many people probably will think that the room is the end of the journey but a feather at the side of the wall is the ticket to the world of dreams of Imogen. The passage from one world to the other won`t be easy, but the ones able to do it will see images that will touch them deeply.Could humans and pigeons fly together one day? How powerful can be someone`s dream? You will find the answers following the path proposed by Bryn Oh.

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Um comentário:

  1. Acompanhei a "viagem" por Imogem e os pombos com Sunset.Karllos descreve com propriedade as emoções sentidas por nós.
    Parabéns aos dois.

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